COTAGEM
|
|
Cotagem é a expressão gráfica do dimensionamento de uma peça. Juntamente com o dimensionamento pode-se concluir outras informações, como seqüência de montagem, tratamento de superfícies...
|
|
Este procedimento se faz necessário, pois a realidade tem uma precisão que não é necessariamente a mesma da representação. Observe que na realidade temos que considerar uma tolerância de erro significativo durante a leitura, fabricação e desenho. Temos, também, o agravamento da imprecisão dos processos de reprodução dos desenhos (cópias, cotagens...) além da distorção pela dilatação térmica do papel pela variação da temperatura ambiente entre o dia da plotagem (ou cópia) e o dia da leitura.
|
|
São cotados os desenhos de detalhe (desenhos em que cada componente da peça é desenhado separadamente), pois os desenhos de conjunto contêm apenas as informações de cotas de “conjunto”.
|
|
Elementos de Cotagem:
Fig. 6.1 - Elementos de cotagem |
1. Cota – é a expressão do valor da dimensão
|
|
2. Linha de Cota – tem o exato comprimento (dimensão) do que está sendo cotado. Podemos dispensar as linhas de cota somente no caso dos desenhos esquemáticos (figura 6.1.5).
|
|
3. Extremidade da linha de cota – a extremidade de uma linha de cota é geralmente na forma da seta alongada. É usada geralmente quando a unidade adotada no desenho for milímetro.
|
|
Fig. 6.2 - Extremidade da linha de cota |
Quando a unidade adotada for metro é usual a adoção de uma das extremidades a seguir:
Fig. 6.3 - Outros tipos de extremidade de cota |
Adota-se quantas casas decimais forem necessárias para o valor da cota. Quando a cota for em metros usa-se sempre duas casas decimais.
Fig. 6.4 - aproximação centesimal |
|
|
A unidade de uma cota não é escrita juntamente com a cota no desenho, pois tem lugar junto à legenda na prancha de desenho técnico. Admite-se a presença da unidade quando uma (ou algumas) cota estiver em unidade diferente, ou ainda quando o desenho não estiver acompanhado de legenda.
|
|
4. Símbolo de Cotagem – usa-se colocar um símbolo junto ao valor da cota quando:
a unidade adotada deverá ser indicada
for conveniente esclarecer quanto a natureza da cota adotada (diâmetro Ø, raio R, lado do quadrado )
|
|
| 6.1 - POSIÇÃO DA COTAGEM |
As cotas devem ser colocadas acima da linha de cota, observando a disposição a seguir:
|
|
É usual, embora não constante da NB, a intervenção da linha de cota para interposição do seu valor, como segue:
Fig. 6.1.1 - Posições das cotas |
|
|
Os ângulos devem ser lançados como segue:
Fig. 6.1.2 - Cotagem de ângulos e raios |
Exemplos de cotagem:
Fig. 6.1.3 - Cotagem de circunferências, arcos e cordas |
Fig. 6.1.4 - Cotagem em série e em paralelo |
Para mostrar as dimensões de qualquer objeto, é necessário, que elas sejam colocadas na vista adequada. Como as vistas são projeções no plano, é preciso associar a cota a uma figura plana, como triângulos, retângulos, círculos ou uma combinação dessas formas. Cada peça deve ser cotada segundo as três dimensões básicas (altura, largura e profundidade). As cotas devem ser tão completas para que não seja necessário adicionar ou subtrair cotas.Iniciar a cotagem pela vista mais característica
|
|
Não repetir cotas – considerar que um único desenho pode ser composto por mais de uma vista
|
|
Considerar repetição de cota quando tem o mesmo detalhe contato na simetria da peça (ou semelhança).
|
|
Não cotar o desnecessário – cotar “tudo” e “apenas” o que for necessário ao leitor. Devemos considerar o objetivo da cotagem em questão para então colocar as informações.
|
|
Cota-se para:
fabricação
inspeção
utilização
compreensão da forma e dimensão
|
|
Deve-se cotar de dentro para fora (da menor para a maior) evitando ao máximo os argumentos.
|
|
Cota-se próximo ao detalhe – a cota deve estar próxima ao detalhe, considerando onde o leitor estará olhando quando precisar da informação.
|
|
Não se deve usar linha do desenho como linha de cota.
|
|
Devemos usar linhas de cota para indicar determinada dimensão. Admite-se usar a própria linha do desenho como linha de cota tão somente nos casos de desenhos esquemáticos.
Fig. 6.1.5 - Modelo esquemático |
|
|
Não se deve cotar concordância comum – quando certa concordância for de raio “determinado”, este deverá estar cotado, mas quando não for relevante seu valor o leitor fará uma interpretação de sua ordem de grandeza segundo a escala adotada.
|
|
Usa-se planos de referência - existem dois tipos principais de cotagem:
cotagem em série
cotagem em paralelo
|
|
Observe que a cotagem em paralelo faz referência de todas as cotas a um plano escolhido.
|
|
Escolhe –se o plano de referência segundo conveniência, geralmente a face do melhor acabamento (aquela que tem menor tolerância ao erro).
|
|
Não se deve cotar detalhe invisível.A cotagem é, acima de tudo, a expressão clara e precisa das dimensões da peça. Para tanto devemos usar o bom senso para colocar todas e apenas as cotas necessárias à compreensão.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário